A VERDADEIRA FACE DE UM CONTO DE REIS E PRINCESAS

Outro dia minha filha de 10 anos perguntou como era a política na cidade em que ela vivia. Tendo em vista muitos fatos altamente censuráveis a menores de 15 anos, contei sob a forma de uma estória infantil. Foi assim e vejam como foi difícel:

Era uma vez uma linda cidade de um pequeno estado ao nordeste de um grande país.

Nesta linda cidade havia um prefeito que como simbolo de poder tinha um cetro.

No pequeno estado, o governador-real tinha como simbolo uma coroa.

E o grande país era governado por uma rainha-mor que tinha como simbolo o grande manto da competência e honestidade.


Mas um dia, o governador-real esqueceu como se conversava com seu parlamento tratando-os simplesmente como vassalos, e não visitava mais seu povo nas ruas, se importando apenas com a sua coroa. O prefeito desta cidade, por muitos homens do rei, nem vassalo era considerado, porque o tratavam como o bobo da corte.

Um dia o bobo da corte se cansou e parou de fazer rir, isso porque começou a agir como prefeito e não como bobo. Assim, essa cidade começou a ter um prefeito de verdade, honesto e justo e então todos puderam pensar que talvez poderiam viver felizes para sempre.

Vã esperança. Por que o governador-rei disse que o prefeito não poderia mais cuidar daquela linda cidade  de um pequeno estado ao norte de um grande país e quis que sua princesa-secretária tivesse a posse do cetro de prefeito. Mas a maioria do povo e a maioria do parlamento, vendo que o prefeito reagiu, também reagiram,  e não aceitaram a imposição da princesa do governo real.

Isso provocou a ira do rei e seus partidários, e começaram a atacar o prefeito daquela linda cidade de um pequeno estado ao norte de um grande país. Mas o prefeito não se acovardou e mandou para suas respectivas casas todos os auxiliares que eram os partidários do rei. Assim uma grande guerra interna surgiu.

Como se não bastassem, as princesas-secretárias começaram a também brigar entre si. Era saia rodada pra lá, era saia rodada pra cá, saia rodada para todo o lado e os arautos-jornalistas daquele pequeno estado tocando o trombone das más notícias em escala cada vez maior.

Desse modo, todo aquele pequeno reino havia perdido a paz que nunca teve.

Como senão bastasse, dois dos antigos reis que haviam sido destituidos achavam que,  um poderia reconquistar de volta a coroa de governador-rei e outro conquistar o cetro de prefeito. Mas os magistrados daquele reino os colocaram impedidos de tal intento.

E definitivamente, naquela linda cidade de um pequeno estado ao norte de um grande país, o caos e o tumulto já estava formado e os arautos tocaram e dançaram conforme a música ditada por aqueles que queriam a coroa do pequeno estado ou o cetro da linda cidade.


Enquanto isso o rei atual e os reis antigos se perguntaram: Que Rei sou eu?
Enquanto isso o parlamento se perguntava: Que rei é ele?
Enquanto isso o prefeito do cetro dizia: Eu sei que rei ele é!

Naquele ano, que era de eleição para a conquista do cetro de prefeito,  mostrava-se cada vez mais difícel  de se ter a previsão de quem iria ser o novo prefeito, porque novos postulantes ao cargo apareceram com força inesperada. Um deles era era parlamentar daquele pequeno estado e o preferido da rainha-mor daquele grande país.

E assim as pessoas simples e lindas daquela linda cidade de um pequeno estado ao nordeste de um grande país mais uma vez estavam imersas em uma grande confusão, mas ainda não haviam perdido a esperança de viverem felizes para sempre,,,

...até porque isso só dependia exlusivamente delas.

Acreditem, eu tentei, mas não consegui contar esta estória de outra forma para minha filha.